segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

CONTO DO HOMEM ERA SÓ AMOR: UMA EPOPÉIA TRÁGICA DO HOMEM QUE TINHA UM CORAÇÃO!


 

Eu não sei...

Na verdade eu nunca sei de muita coisa, eu apenas sinto!

Essa obra é uma obra ficcional e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência... 

Certa vez houve um homem, comum, como um homem qualquer, que tinha dores, sonhos, esperanças e tantas coisas, que humanos tem. Essa estória poderia ser hoje ou em qualquer lugar no tempo desses muitos universos possíveis, mas vamos dizer que o ano é 2042. Tudo é mais moderno, mais veloz, mais imediato. O nome do homem não importa, porque ele é um homem comum, mas se vocês quiserem defini-lo, ele era um homem que era só amor.

A vida inteira dele foi assim...

Quando criança, roubava as comidas de casa para dar a quem lhe batia no portão de ferro pedindo o que comer. explicava depois e se não fosse sua avó, arriscado apanhar. Por onde andou, foi amor: amor que disciplina, amor que exorta, amor que afaga conhecidos e estranhos porque ele sempre se colocava no lugar deles. A sua essência sempre foi essa!

Em 2042, esse homem foi buscar seu sonho de ser um universitário, de ter um futuro melhor. Buscava isso como se fosse uma dívida com quem apostava nele e assim ele foi buscar o que tanto queria. Ali ele conheceu uma mulher, na verdade ela era bem mais nova e no início ele não lhe deu a devida atenção, mas a sua presença se impunha. A mulher que tinha um muro no coração estava ali todo dia e quando ela não estava por alguma razão o homem se perguntava onde estaria. Inegável pra ele que ela lhe fazia falta.

Sabendo que dela tinha mais que sentimentos amigáveis, passou a esperar que ela estivesse livre para poder se aproximar e assim o fez nunca dela escondeu que lhe tinha sentimentos que eram para além dos que um amigo tem. E como se o universo lhes favorecesse em algum ponto de 2043 a amizade virou namoro. Ela era o melhor que ele nem sonhava que poderia ter e viveram juntos dores e delícias num tempo de nove vezes trezentas e sessenta e cinco voltas que a terra dava em volta do sol.  

Ele nunca havia amado alguém como ela...

Mas um dia num mês qualquer de 2052, ela lhe disse: não mais te amo...

Partiu e nas semanas seguintes, tentando entender, manteve contato com ela e a cada dia a surpresa dela de ele ainda estar ali era flagrante. Mesmo ela dizendo que tentava manter ele ali perto como amigo as sua ações mostravam outra coisa e ele nunca entendia as razões. Se sentia mal porque não havia feito nada. O coração dela virou pedra de gelo pra ele. Mas ele dentro de si sabia que não era ele que havia feito algo, pois ele nunca mudou, mudou ela e ele nunca soube a razão. 

Um dia ela disse a ele que ele nunca teria uma chance de voltar a amá-la...Mais uma vez não entendeu e nesse mesmo dia ela disse a ele que talvez só ele um certo encantador teriam chance. Mas ela sempre procurava fazê-lo ser desmotivado de qualquer esperança de uma chance futura e isso lhe deixava sem dormir. Que razão havia, se tantas vezes, mesmo depois do fim ela lhe dizia que tudo foi maravilhoso? Por que não poderia ser de novo?

O encantador foi um home do passado dela, alguém talvez ela nunca tenha esquecido, que ficou adormecido no peito dela, o prêmio final...

Dele o homem não sabia muito, nunca ouviu sua voz ou sequer sabe se esteve no mesmo lugar que ele. O que importa saber é que esse homem, que voltou do nada, hoje é o amor da mulher que tem um muro no coração, menos para o encantador.

Esse homem encantador hoje pensa o homem que era só amor, tem um poder enorme de persuasão sobre a mulher e depois de afastamentos e acusações mentirosas deles contra o pobre homem, este se pôs a pensar e embora o que ele pensa não seja a tradução da verdade, pois a verdade está escondida a sete chaves, ele montou assim em sua mente o que ele acha que se deu, pois depois de se culpar tanto, um raio de luz lhe veio de onde ele menos esperava.

pensou assim:

- Ambos voltaram a se falar cerca de um ano ou mais e muitas conversas devem ter acontecido, um ficou sabendo como estava a vida do outro e é inevitável certos desabafos. Nenhum de seus companheiros à época talvez soubesse, mas em algum lugar entre seis e três meses de 2052 eles se descobriram apaixonados e que queriam viver essa paixão. Mas haviam dois grandes problemas, pois ambos estavam comprometidos e o homem foi despachado primeiro porque embora fosse um namoro de 9 ciclos, ainda era mais fácil que um enlace de sete turnos. O ideal era que ao ser chutado o homem sumisse e como isso não aconteceu, ele na busca de entender as coisas passou a fazer deduções e questionamentos que irritavam a mulher, pois ela odiava isso nele, que mesmo um pouco suas deduções sempre tinham algo certo. Ele pensou que por isso tudo se deu tão rápido: um dia ela termina com ele, na mesma semana ela aceita sair com o encantador que ainda estava comprometido, na semana seguinte o encantador está solteiro, na outra o encantador foi convidado a ir na sua casa, sendo que para levar o homem na casa dela no passado, levaram três meses. O homem chegou a pensar que não foi nada mais que um consolo até que o encantador estivesse livre. E pensou mais: que suas deduções estavam chegando muito perto de uma possível verdade das coisas, e cada dia que eles tinha contato com a mulher era um dia mais perto de entender tudo. Na sua mente ele não sabe dizer se foi por influência do encantador ou por ela mesma que a mulher resolveu lhe afastar de vez, pois sem acesso a ela e o encantador, poderiam ficar em paz e sem que lhes julgasse, pois queriam que todos achassem que a aproximação deles foi coisa de destino e não resultado de inúmeras conversas, muitas vezes as custas de não falar com o homem. Na sua divagação, pensou que como o homem não se afastava, ele devia ser afastado, mas na tentativa de seguir sua vida o homem viu a mulher silenciosa, que outrora tinha sido companheira do encantador e dela teve compaixão, e na sua natureza quis oferecer-lhe ombro, simples e desprendido...O fez às claras, sem se esconder porque o homem que era só e só amor não temo que temer. Quando questionado sobre não escondeu. E pensou que as acusações que lhes fariam iriam fazer que ele perdesse a cabeça e ai teriam o vilão perfeito e motivos para dizer que ele é um ser nocivo. Deu errado, porque o homem agiu para se proteger, conforma diz a lei e o medo de que a mulher silenciosa falasse com o homem que é só amor pudesse gerar alguma coisa ruim ao encantador o fez perder a linha. E foi ai que o homem pensou que foi por isso que a mulher nunca quis lhe dar uma segunda chance no futuro, porque como ela poderia prometer isso se já estava comprometida e apaixonado pelo encantador? Não foi porque ele estava sem trabalho, não foi nada que ele fez, fatalmente pode ter sido pelo que eles fizeram e se a coisa se deu como o homem pensava seria vergonhoso pra ela, por que para ele não importa, pois troca de pessoas como troca de roupas. 

Nessas divagações, que podem não ser a verdade, o homem sentiu-se menor, humilhado e o único jeito de provar que está certo ou errado é olhar pra um passado que está protegido e que nunca saberemos. Mas, pensou o homem que ele sabe quem é e do que é feito e que tudo que plantamos é opcional, mas as colheitas são obrigatórias. Ele ainda a ama, tem esperanças que um dia, ela vai se arrepender de ter duvidado dele, de ter dito coisas a ele, mas seu duro coração não permite e nem sabe o homem quando ela o procurará para se desculpar ao menos com sinceridade de coração para que possam retomar a relação de confiança que tiveram, pois agora ambos estão machucados...e nem conseguem conversar mais pra se entender, pois a força do encantador sobre ela ainda tem poder vigente por algum tempo.

Mas o homem que é só amor, também sabe esperar....

Um dia ela vai o procurar.... 



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