Eu não sei...
Na verdade eu nunca sei de muita coisa...eu apenas sinto!!!
Chegamos ao dia 159!
Chegamos ao dia 119!
Fim do Recovery!
Somos humanos....
Demasiadamente humanos!
Somo frágeis, limitados e essa é a explicação de porque somos apaixonados por estórias em quadrinhos. Mutantes nos fascinam, Inumanos nos deslumbram, super-heróis nos encantam e até aqueles heróis que mesmo não tendo superpoderes, mas que usam o dinheiro para criar tecnologias que os equiparem com os supers - o Batman com preparo coloca a liga inteira para mamar -, acabam por nos fazer sonhar em ter o superpoder do dinheiro!
Nossa humanidade é frágil, isso porque qualquer coisa pode nos matar ou nos debilitar de um jeito que nunca mais seremos as mesmas pessoas. Saímos de casa planejando voltar, mas nós não sabemos se vamos voltar de fato. A morte, nossa inimiga mais íntima, pode nos esperar na descida do coletivo, na virada de uma esquina ou simplesmente engasgado com um grão de arroz.
E talvez é essa possibilidade inesperada e obscura de não saber se é hoje o último gole de café, a última mordida no pão, o derradeiro copo de cerveja, o beijo final no amor da sua vida...a última vez que você sai de casa e abraça seus pais, que nos fazem enxergar a vida de um jeito mágico e único.
Aí no meio de toda essa fragilidade humana, alguns de nós procuramos ir além de nossos limites e nos tornarmos mais super entre os mortais iguais a nós. O Guiness Book, chamado de livros dos recordes, lista uma série de pessoas comuns que fazem coisas incomuns que os colocam num nível acima dos meros mortais e de alguma forma os aproximam dos deuses.
Unha mais longa, maior tempo sem cortar os cabelos, mais anos com o braço levantado, maior distância correndo, mais tempo sem tomar banho....São inúmeros os recordes, feitos sobre humanos, coisas tão impossíveis perseguidas por indivíduos por tantos anos que se tornaram possíveis que nos deixam sem palavras.
Mas é poderoso mesmo uma mulher criar 10 filhos na favela e não perder nenhum para o crime, maravilhosos é ser preto e nunca ter sido vítima de racismo. Mas dito isso, eu sou mortal, falível, limitado, mas lá pelas tantas, depois de ser chutado sem muita explicação, eu comecei a correr e venho correndo há vários meses. E hoje eu me sinto super podendo correr, me sinto super poder usar as minhas pernas.
Depois de quatro dias, recuperando uma lesão eu pude voltar, pude correr e pude sentir a vida de novo no meu corpo pelo ar que entrou nos meus pulmões, o vento que batia no meu rosto.
Todo poder tem um preço e o meu eu sei que são as dores que vão ser aliviadas, mas que vão sempre estar comigo, mas queria eu o superpoder de curar a dor do meu coração. Essa só tem um remédio e ele não vai vir!
"Machado desce, o terreiro treme,
Ojuobá, quem não deve, não teme!
Olorê Xangô!!!
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