sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

DIÁRIO DA PRISÃO SEM MUROS: SE QUISEREM SABER DE MIM, SIGAM AS MIGALHAS DE PÃO...


 Eu não sei...
Na verdade eu nunca sei de muita coisa...eu apenas sinto.

Chegou a hora de sair de cena...
A dor, a humilhação, as mentiras, tudo isso foi demais pra mim e eu que não merecia tal facada nas costas preciso sair e deixar o palco. Tudo que eu tinha pra dizer, eu disse e tudo que eu conseguia fazer eu fiz...

O mundo não pára de girar pra minha dor ir embora, e enquanto eu sofro, os beijos e o sexo, os sorrisos e os "bom dia amor" são dados para outro agora. E em menos de sessenta dias o amor que havia sido dispensado à mim virou um ódio que me prendeu aqui.

Da janela eu não vejo o sol, porque ele se encobriu de nuvens e de longe eu ouço os risos dos que passam felizes e que cagam pra mim e pro que eu sinto. Não teve a verdade, só mentiras e as únicas verdades sobre nove anos foram dadas em cinquenta e cinco dias: "um capricho", "não havia futuro contigo", "eu sempre amei outro", "vc era só um prêmio de consolação"...

Eu que já cheguei no limite do corpo, da mente e de tudo, quero muito parar, conseguir dormir, mas até isso me é negado. Olhei pro lençol que tem aqui na cela e pensei que ele poderia ser o passaporte. Não tive coragem de fazê-lo, talvez nunca tenha, mas nunca eu quis tanto ter a força pra fazer isso. Daqui me despeço de um "mundo" todo.

Agora aqui é o único lugar onde falarei, mas eu programei vários posts para serem subidos diariamente, mas em algum momento, eu não serei mais quem postou e o desafio pra vcs é saber quando não sou mais eu.

Eu fiz o que dava....

Eu acordo quando começo a sonhar!!!!



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