E volto aqui depois de muito tempo para tentar contar de acontecimentos que a priori não compartilhei aqui.
A vida já no fim da minha estadia como graduando da UEPA não foi fácil. Sono, cansaço e muito pressão para produzir a minha monografia e ainda dar conta de estágio, cuidar dos afazeres do lar. Mas como muitos que vão ler essas linhas sabem eu terminei a minha graduação no tempo determinado e engatei um mestrado. Sobre ele eu vou falar em outra postagem.
O tempo de mestrado foi duro. Foi puxado em todos os sentidos e no fim dessa jornada eu imaginei um monte de coisas que não aconteceram. Eu que sou incapaz? Eu que sou burro? Hoje mais uma vez meu sonho de cursar direito foi adiado. O consolo que deveria vir da minha mãe veio na forma de crítica e mesmo depois de ver que falou bobagens e tentando corrigir a cagada, é a voz dela que ecoa na minha mente agora!
Terminei meu mestrado em 2018/2019 e ansiava por muitas coisas depois disso e no fim nada que eu esperava aconteceu. Desde 2014 eu já vinha sendo negligente/irregular com este blog, mas era muito por falta de tempo para escrever. Talvez meu tanque de amargura e dor não estivesse cheio como está hoje, talvez eu estivesse muito triste para desabafar. Nada é mais frustrante do que vc estar pronto, do que vc saber que pode fazer algo e mesmo assim as coisas não acontecem.
Eu sinto que estou cada vez mais perto do meu limite. Eu nunca desejei tanto pegar algumas roupas e sair por ai, mas eu nem imagino que consequências nada agradáveis isso teria. Ou eu imagino e não quero que as pessoas mais próximas a mim fiquem desesperadas me procurando. Se ao menos elas não se preocupassem....
Passaram-se 6 anos que me graduei, 3 que me pós-graduei e as oportunidades que eu achava que viriam não vieram e mesmo com todo o meu esforço empenhado nisso eu continuo aqui exatamente onde eu estava 9 anos atrás.
A minha dor é só minha. Eu sei exatamente quem eu sou e embora eu tenha tido pequenas alegrias, gratas surpresas, eu sei que estou a qualquer momento, a cada segundo mais perto de um colapso, de jogar tudo pro alto e sair por ai. Eu nunca fui brilhante em minha vida, nunca me envaideci com elogios. Quando o Rapha me elogia no grupo terror eu sempre fico constrangido no sentido de que ele parece enxergar um Endressy que não existe, porque eu não sou inteligente como ele diz, não sou eloquente quanto ele.
A minha dor e cada meandro dela em mim só eu sei como dói. Nem adianta qualquer pessoa dizer que sabe como é ou como sente porque é mentira. Eu estou sempre me perguntando o que diabos eu fiz de errado. Estou fazendo tudo certo! Eu criei códigos de conduta que sigo cegamente há nem sei mais quantos anos, faço tudo do jeito certo e tudo que eu ganhei até agora foi um amontoado de falhas.
Tic-tac, tic-tac....
O tempo nem é mais uma amigo, agora ele sentado ri de mim. Logo um evento muito bom para quem vai viver ele vai rolar e eu vou estar uma pá mais fundo na cova da qual tento sair já tem um tempo. É por isso que voltei pra esse blog. Para ver se essa atitude me faz ver algo que não vi e se ao menos eu não ver, que eu consiga me reequilibrar. Há anos eu não me sentia tão pressionado, pisado, inútil e impotente.
Não sei quando essa fase vai passar, mas eu espero estar vivo pra ver ela passar...
Desculpem o desabafo!
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