segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A ROQUEIRA E O JIUJITEIRO: O CONTO DO CASAL IMPROVÁVEL



A vida gosta mesmo de pregar peças....
Ela era uma menina que nasceu numa familia que nunca ia ser aquilo que ela merecia receber, se soubessem que tipo de pessoa se tronaria quando crescesse. Mas antes de ser roqueira, ela foi muitas coisas: Lilica, Lica, Bebê da mamãe....Mas antes disso ela era uma criança, fruto de um relacionamento que tinha tudo para dar errado e possivelmente ela nem estaria viva hoje.
Numa daquelas ações miraculosas do destino, foi adotada por uma familia que mesmo eu não entendendo por que, resolveu amá-la e assim a menina que nem viva estaria se tornou o xodozinho de uma casa de pessoas que tinham muitas feridas a curar.
Ela foi uma crinaça feliz, pois as fotos daquela época dizem isso de forma bem real, mas no meio do caminho, a filhinha da mamãe virou a roqueira. Nãoé errado ser assim, em algum lugar na história ela se tornou mais séria, mais fechada, mais escondida....
Conheceu rock quando ouviu Rapshody na casa do pai dela e continuou a ser fechar na bolha que limitava entrar quem ela não queria....nem pai entrou, nem mãe alcançou e ela seguiu sua vida assim, achando que ninguém iria decifrar quem era ela, que ninguém ia ver atráves dos olhos que ela teimava em combinar com sua falta de sorrisos.

Ele era magro....
Como todo menino da idade dele, era magro e relativamente feliz e na verdade a vida dela foi de uma infãncia feliz à uma adolescencia solitária e um começo de vida adulta inundado na realidade cruel do mundo. Ele viveu mais do ela e já tinha sofrido tanto e de tantas formas que já não acreditava mais em felicidade.
Um dia como se nada pudesse ficar pior....seu joelho cede e ele fica sem poder fazer a única coisa que acreditava na época saber fazer com perfeição....esportes eram tudo em sua vida e não poder correr, jogar, viver isso seria de fato um calvário.
Engordou, por que é esse o resultado de só comer e não fazer mais nada em um ano inteiro e não conseguiu mais voltar ao que era, mas acho que ele não liga tanto mais para isso.
Seguiu achando que era seu destino ser só....
E foi....

2010 foi o ano que a vida escolheu para colocar a roqueira no tabuleiro de xadrez que iria juntar eles dois e em 2012, ele chegou no jogo, achando que aquilo ia ser só fazer seu trablho e esperar acabar que logo saíria dali. Mas naquele lugar improvável, cheio de gente que podia separar em vez de unir, que eles se olharam pela primeira vez.
Ela com seus cabelos nos ombros, óculos e roupas largas, ele com suas calças meio justas, óculos escuros, mochila nas costas e kimono na mãe, era a mistura mais inesperada que se poderia pensar. Ele a amou antes, talvez por que já a tivera procurado antes e pela falta de sorte, quando de fato a achou acabou por duvidar se era mesmo ela.
Mas não se manda no coração, não se manda no sentimento e numa dessas coisas bem malucas ele não parava mais de pensar nela e de torcer para que ela surgisse ao abrir da porta para poder olhar para ela mais uma vez.

Sim, ela não parecia mesmo se importar com ele e form inúmeras as conversas e muitos foras até que não pudessem mais segurar o que sentiam e numa tarde de maio....numa sexta improvável....um beijo marcou o inicio do fim de suas vidas solitárias.
O resto da história todos já sabem...

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