E foi assim que naquela tarde, quando esperava a chegada do crepúsculo, bem no alto da montanha dos sapos eu tive essas visões....
Eu vi quatro seres que andavam pelo mundo...O primeiro ser tinha o aspecto de anjo. Tinha cabelos que brilhavam como que se banhados pelo sol e era alva apele como o dia claro e alternava o seu semblante e por momentos ria de tudo e por outros se irava, e da sua boca saiam palavras de zombaria...O segundo era um dragão...e das suas garras vertia um veneno e esse tinha o poder de paralisar a quem tocasse e o seu corpo era longo e se esgueirava a fim de envolver seus corpo em quem queria abater...O terceiro era como uma ave, que migrava de um lado para outro e nunca escolhia para onde ir, mas que levava e trazia as palavras ditas a ela e da sua boca saiam sementes de uma flor escura de nome necron que por onde se cultivava tomava para si toda a vida em volta...e o quarto ser era um que parecia ter nascido naquela hora, e sorria para todos os que para ele olhavam e as seduzia com os risos e coisas de quem nasceu a pouco e de repente decaído o semblante abria boca e chorava lamentos e maldições e o seu lamento era como uma ordem e todos que sorriram com ele foram mortos e não viveram pois o seu poder era grande.
E os quatro seres juntos traziam destruição pela terra e no topo da montanha saia sangue e choro das almas que foram despedaçadas pelos quatro cantos da terra.
E eu vi um homem...que tinha peitoral de bronze e na sua cabela brilhava uma estrela que nunca deixava de ser vista por onde quer que ele fosse, mas depois eu vi a estrela jorrar sangue e lágrima e cair da cabela do homem e na testa dele foi escrito um diadema de derrota e vergonha e o homem não mais podia correr como antes e decaída a expressão de sua face foi aprisionado no subsolo e por lá ficaria por vinte nasceres de era.
Vi que os mais de perto se tornarão os mais de longe, e os que nem seriam de perto agora serão os que tomarão a frente da nação nos dias dessas tribulações. Eu vi o mar agitado e no meio dele um barco com dois velhos....um dos velhos carregava um rolo escrito por dentro e por fora e falava para as pessoas que estavam nas margens e com sua alta voz podia ser ouvido por toda a montanha. E o segundo velho tinha um cajado feito de madeira comum e no cajado tinha uma inscrição que dizia: "Quando for quebrado o selo estará desfeito" e esse velho estava doente de forma mortal e ainda deitado no fundo do barco mantinha erguida a mão onde estava o cajado.
E o som da voz do velho que segurava o rolo foi tão forte que feriu os seres e eles unidos como se fossem um lançaram a sua cólera sobre os velhos que estavam nas águas e eis que o velho do cajado, abatido e franco pereceu e já não vivia mais. E o velho que falava se calou por dez chuvas....se fez silencio no alto do monte......
E voltei da visão que tinha tido.....e me foi revelado o que havia de vir....mas não foi permitido explicar a vos os significados destas coisas....
Quem souber enxergar que conte o que vê...
Eu acordo quando começo a sonhar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário