quinta-feira, 7 de maio de 2009

VOCÊ ACHA QUE SOFRE: Um ensaio de como somos insatisfeitos sem motivo...PARTE 3


Ela passava os dias querendo que crescesse logo barriga e ficasse cada vez mais evidênte a sua gestação tão esperada. Tinha dias que olhava no espelho quarto e mesmo com pouco volume...teimava achar que já estava enorme e não se cansava de acariciar o ventre e passava todas as horas do dia conversando com a "pessoinha" que estava ali dentro dela, até que um dia todo o carinho que ela mandava para a criança foi retribuido com um "chutinho", que eufórica não pensou duas vezes em ligar para o celular do marido para contar-lhe a nova e os dois felizes e emocionados pelo que lhes acontecera naquele dia. Queriam que fosse uma menina e criam tanto nisso que quando conversavam com a barriga, a chamavam de princesinha e aquela gestação acabou se tornando aquilo que esperavam.
Ela se sentia cada vez mais linda com aquela imensa barriga que agora já próximo do dia do nascimento da criança e já nem andava direito pois faltava pouco e o marido havia agendado as férias para o mês do nascimento para ajudar a esposa, até que numa tarde do nono mês a bolsa se rompeu avisando que ela (confirmado pelo ultrasom que era ela) estava chegando e não ia esperar muito para isso.
Partiram para o hospital e logo foram atendidos e ficou ali o pai a espera de notícias e quase fez um buraco no chão de tantas vezes que andou de um lado para o outro e quando já estava perto de invadir o centro cirúrgico viu o ginecologista sair de lá e dar-lhe os parabéns pela linda menina que nasceu. Ao entrar no quarto viu que a esposa amamentava a lina menina e por um segundo fitava as duas numa comuniucação que só era possivel entre as duas e se sentiu abençõado por agora ter na vida duas mulheres maravilhosas para amar e ali jurou ser o melhor pai que poderia ser e acabou por chorar e com isso chamou a atenção da esposa para ele e com a voz baixinha pediu que ela pegasse a criança no colo e mesmo com receio de machucá-la a aninhou de modo confortável nos braços e beijando a testa dela descobriu que a felicidade existia e estava com eles naquela noite.
Voltaram para casa e a essa altura o a criança já tinha tudo que uma recém nascida tem....todos os mimos que se pode ter e agora o esporte deles era cordar na madrugada para cuidar o tesouro deles...e o faziam com muito cuidado e carinho ao ponto de os dois ficarem juntos velando o sono da menina e ficavam ali sonhando com o futuro dela e de como seria o motivo do orgulho deles.
(Quero sonhar um pouco....acho que ainda demora uns cinco ou seis anos para eu passar por isso que estou narrando....mas sabe...as vezes dá uma vontade de que o tempo corra logo para poder pegar minha Sarah de uma vez por todas e me conhecendo sei que nunca foi tão forte esse desejo de ter uma família a poder estar do lado de quem eu mais amo e muitas horas isso é chato, pois eu sinto mesmo a distância de Kássia e sinto uma tremenda necessidade de largar tudo por uns dias e ir vê-la, mas as responsabilidades aqui me engolem por inteiro e se essse amor não fosse como é, firmado em Deus, não sei o que teria acontecido...tenho algumas certezas, mas a mais forte delas é que toda manhã quando acordosinto que amo mais essa mulher e não posso me conter de tanta alegria por ela estar correspondendo tudo isso)
Ser pai e ser mãe deve ter algo de mágico....eu sei que tem!
AI shiteru Kássia...ai hito!!!
Até a próxima miragem!!!!

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