Eu não sei...
Na verdade eu nunca sei de muita coisa...eu apenas sinto!
Já fazem 68 dias...
Já são 18 dias...
Comum, miseravelmente comum!
Dizer que eu dormi bem seria mentira e para alguém que preza por dizer a verdade que se vive, eu não posso realmente dizer que consegui dormir. Já está perto do dia setenta e eu não consegui uma única noite completa de sono, pois são muitos pensamentos, preocupações, frustrações e tristezas com as quais preciso e estou lidando da melhor maneira que posso, mas muitas vezes é complicado.
Ontem estive falando com o meu capitão, que me falou sobre o fato de ter conseguido ingressar no programa de doutorado que ele queria. É bom ver que a vida dele entrou nos eixos, depois de tristezas, depressão, ele retomou às rédeas da própria vida e agora tá indo pro Rio de Janeiro encarar esse desafio. Óbvio que pra ele, nem tudo são flores: uma única hérnia de disco, deixou ele muito tempo sem andar e como ele me disse hoje, o médico tá surpreso de vê-lo andando, dada a gravidade da compressão que está fazendo nos nervos. A cirurgia é pra logo e o capitão é forte. Logo ele vai poder ir pro doutorado dele, mesmo que o prazo seja curto.
Ainda sobre o papo de ontem, inevitável que remexemos num passado recente e isso só colaborou pra eu não conseguir dormir, mas eu meio que devia a ele alguma explicação, porque na hora mais escura dele, se abriu comigo e deixou sua face mais feia à mostra para mim e eu deveria fazer o mesmo com ele. Ossos do ofício.
Consegui cochilar na última hora da madrugada e às seis estava de pé. Cuidei das coisas triviais e a mim pareceu que o dia passou veloz, como que se soubesse que preciso que chegue logo a hora de correr.
Tudo aqui hoje foi muito normal, previsível, chato, silêncio sepulcral. Me recordo que a coisa esquisita do dia nem foi hoje. Curiosamente numa das poucas vezes que se fez quebrar o silêncio, minha mãe perguntou se eu havia tido notícias de uma pessoa em específico, mas o que eu poderia responder-lhe senão um sonoro e poderoso "NÃO"?
Essa é a verdade...
Eu não saberia dizer se bem ou mal está e muito menos qualquer coisa mais específica que ela quisesse saber. Mas depois da primeira resposta, eu me prezei a dizer apenas que se ela quisesse saber, que ela mesma perguntasse, afinal acho que ainda devem ter algum contato, mas eu não saberia dizer, pois tenho uma política de mexer no celular alheio muito rígida e a menos que a minha integridade física ou de alguém que amo esteja em jogo, eu não me presto a esse papelão. Quem me conhece, sabe!
Mas enfim, hoje apertei mais a dieta, pois embora meu corpo esteja respondendo bem a aos esforços que tem sido submetido, sinto que preciso acelerar esse processo, pois necessito estar em forma para as competições do ano, preciso estar saudável e preparado caso algum idiota desequilibrado resolva tirar alguma com a minha cara, mas analisando essa cadeia hereditária...bom, significa!
Mas até que enfim a hora de sair da cama chegou e fui logo fazer as séries de exercícios para ombros, glúteos, panturrilha, trapézio e lá pelas dezesseis horas eu já tava arrumado pra correr. Tem sido uma coisa boa o sol colaborar pra que eu possa correr com música e graças a isso, já fazem três dias que posso correr com certa qualidade. Ainda vou comprar no sábado mais apetrechos para melhorar a performance, mas com o que já tenho, estou indo bem.
Corrida como deve ser: constante, passos firmes, tempo bom, respiração controlada. Só hoje pela manhã me dei conta que já fazem trinta e dois dias que as crises de ansiedade diminuíram até sumirem, graças aos beneplácitos da respiração ter sido adestrada pelas caminhadas e agora mais ainda pela corrida. Hoje acabei fazendo um tempo três minutos mais alto que o do dia anterior, mas a explicação é bem simples: a ameaça de chuva eminente, me fez parar duas vezes, o que na verdade não foi uma parada, mas um correr em círculos na coberta pra evitar me olhar. É viciante correr com música e vc fica tentado a não prosseguir sem ela, acho que devo correr amanhã sem, pra não ficar dependente.
No fim, mesmo com tempo mais alto, deu pra correr bem, aproveitar e deixar as pessoas da rua olhando pra mim com aquela cara de "quem é esse idiota que parece louco ouvindo música?". Eles não me viram no ônibus entre dois mil e doze e dois mil e dezoito!
Cheguei aqui e tudo se seguiu como sempre é: banho, alimentar meus filhos, me alimentar, ler e vir pra cá escrever. Falando nisso, resolvi reler "Mein Kumpf" no intuito de ler uma séria de livros que preciso ler - enquanto estudo para um caralhal de concursos - para continuar a escrever meu livro que tem como inspiração as heresias que escrevi na minha monografia na UEPA. Sempre dá pra pescar uma nova visão do que Hitler queria dizer em meio aos seus pensamentos distorcidos.
O dia termina como começou, normal, saudoso, tristonho, pero lo debimos seguír!
Ao som de Ohn mani pedme ohn....
Eu acordo quando começo a sonhar!!
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